LIVRO IMITAÇÃO DE MARIA
CAPÍTULO XV
De como procurar Jesus e onde procurar Jesus, depois que se teve a desdita de o perder
Logo que deu por falta de Jesus, Maria empregou toda a diligência em procurar o filho. Primeiro, foi entre os próximos, nas vizinhanças; depois, foi a Jerusalém, onde teve a ventura de o encontrar. A alegria que ela fruiu ao deparar o bem amado Filho, havia de corresponder à inquietação motivada pela sua ausência.
A Jesus perdeste, ó minh’alma!
Imita agora, pois, aquela Mãe terníssima, tudo deixando para o encontrar de novo! Que os teus suspiros e lágrimas peçam às criaturas, céu e terra, dia e noite, que te restituam Jesus! Muitos procuram Jesus, mas não o acham, porque o não fazem como devem. Parece até, visto o modo como o procuram Jesus, mas não o acham, porque o não fazem como devem. Parece até, visto o modo como o procuram, que ficaram contrafeitos em o achando de novo. É mister que a tua presteza em o procurar e achá-lo a tua presteza em o procurar e achá-lo seja bem o testemunho de dor que sentiste em o teres perdido.
Mas, onde encontrarás a Jesus? Porventura no mundo? Lembra-te de que Jesus é o inimigo declarado do mundo.
Não te iludas, pensando que a carne e o sangue te auxiliarão na procura do bom Deus, a quem perdeste.
Não vês Maria? Ela não foi encontrar Jesus “na vizinhança e entre os conhecidos” (Lc 2, 44).
Consulta os oráculos do Evangelho, interroga os santos, pede aos ministros do Senhor, e eles te dirão onde o encontrou Maria: “no templo”, na casa de oração, nos exercícios de religião, na companhia dos ministros e servos de Deus.
Achá-lo-ás ainda na solidão, sobretudo na solidão do coração, quer dizer isso, no silêncio das paixões e do recolhimento.
É para lá mesmo que ele te convida, para que escutes a sua voz e entendas as “palavras de vida” que sairão de sua boca (Os 2, 14). É lá mesmo que o têm achado e o vão achar todos os dias os que dele sinceramente querem se aproximar, depois de se afastarem, ou pelos desvios de uma vida criminosa, ou porque o perdessem de vista, em todo o caso voluntariamente.
Quando o tiveres encontrado, ó alma pecadora, que doce paz fruirás então! Poder-se-á, longe de Jesus, fruir alguma felicidade?
Quem a Jesus encontrou alguma vez, logo compreende por experiência própria que tão rico tesouro bem valeu a pena ser procurado.
CAPÍTULO XV
De como procurar Jesus e onde procurar Jesus, depois que se teve a desdita de o perder
Logo que deu por falta de Jesus, Maria empregou toda a diligência em procurar o filho. Primeiro, foi entre os próximos, nas vizinhanças; depois, foi a Jerusalém, onde teve a ventura de o encontrar. A alegria que ela fruiu ao deparar o bem amado Filho, havia de corresponder à inquietação motivada pela sua ausência.
A Jesus perdeste, ó minh’alma!
Imita agora, pois, aquela Mãe terníssima, tudo deixando para o encontrar de novo! Que os teus suspiros e lágrimas peçam às criaturas, céu e terra, dia e noite, que te restituam Jesus! Muitos procuram Jesus, mas não o acham, porque o não fazem como devem. Parece até, visto o modo como o procuram Jesus, mas não o acham, porque o não fazem como devem. Parece até, visto o modo como o procuram, que ficaram contrafeitos em o achando de novo. É mister que a tua presteza em o procurar e achá-lo a tua presteza em o procurar e achá-lo seja bem o testemunho de dor que sentiste em o teres perdido.
Mas, onde encontrarás a Jesus? Porventura no mundo? Lembra-te de que Jesus é o inimigo declarado do mundo.
Não te iludas, pensando que a carne e o sangue te auxiliarão na procura do bom Deus, a quem perdeste.
Não vês Maria? Ela não foi encontrar Jesus “na vizinhança e entre os conhecidos” (Lc 2, 44).
Consulta os oráculos do Evangelho, interroga os santos, pede aos ministros do Senhor, e eles te dirão onde o encontrou Maria: “no templo”, na casa de oração, nos exercícios de religião, na companhia dos ministros e servos de Deus.
Achá-lo-ás ainda na solidão, sobretudo na solidão do coração, quer dizer isso, no silêncio das paixões e do recolhimento.
É para lá mesmo que ele te convida, para que escutes a sua voz e entendas as “palavras de vida” que sairão de sua boca (Os 2, 14). É lá mesmo que o têm achado e o vão achar todos os dias os que dele sinceramente querem se aproximar, depois de se afastarem, ou pelos desvios de uma vida criminosa, ou porque o perdessem de vista, em todo o caso voluntariamente.
Quando o tiveres encontrado, ó alma pecadora, que doce paz fruirás então! Poder-se-á, longe de Jesus, fruir alguma felicidade?
Quem a Jesus encontrou alguma vez, logo compreende por experiência própria que tão rico tesouro bem valeu a pena ser procurado.
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