Medjugorje, Continuação de Fátima
Penso que um motivo para esta longa permanência de Maria entre nós é porque a humanidade caminha no sentido que a Senhora mesmo disse, ou seja, um mundo sem Deus, onde o paganismo é mais forte que nunca. Depois, porque todos os homens têm necessidade dela: vemos que tanto jovens não têm mais o sentido da vida e se suicidam de um modo tão natural, tão tranquilo, porque não sabem mais a razão de viver.
A Senhora veio e ficou assim tanto tempo para nos dar o sentido da vida, que é Deus. Ela disse que veio a Medjugorje para realizar aquilo que começou em Fátima. Foi a única mensagem em que a Senhora nominou outra aparição. Segundo penso, através da Mensagem de Fátima, a Senhora pediu sobretudo a conversão e agora, aqui em Medjugorje continua a chamar-nos à conversão, de um modo concreto. Quando os peregrinos vêm a Medjugorje, ali sentem necessidade de mudar de vida e de retornar para casa com alguma coisa. Quando vou a Lourdes, faço uma peregrinação, mas quando volta para casa continua a vida de antes. Quando se retorna de Medjugorje, pelo contrário, se sente necessidade de criar um grupo de oração e de sermos mais activos na Igreja e na própria paróquia. Penso que a Senhora, através dessas pequenas coisas, quer mudar cada um de nós. Se nós somos cristãos, então devem reconhecer-nos pelo amor que temos entre nós, como os primeiros cristãos, que eram reconhecidos porque se amavam. A Senhora, através de seu amor, quer ajudar-nos a entender que Deus é amor e, como disse em tantas mensagens suas, que cada um de nós é importante no seu plano de salvação da humanidade. Assim nós, como a Senhora disse em algumas mensagens, devemos nos tornar as mãos estendidas de Deus e da Senhora, de modo particular para aqueles que não conhecem Deus. Ela vem não somente para levar o mundo a Deus e completar o grande plano de conversão, mas também por outras razões, estou certa.
25 de agosto de 1991
"Mais uma vez convido-vos à oração, agora como nunca, desde que o meu plano começou a realizar-se. Satanás é forte e quer destruirr os meus projetos de paz e de alegria e fazer com que penseis que Meu Filho não é forte naquilo que decidiu. Por isso, queridos filhos, peço que rezeis e jejueis ainda mais intensamente. Convido-vos a alguma renúncia durante nove dias, para que, com a vossa ajuda, se realize tudo aquilo que desejo, de acordo com os segredos iniciados em Fátima. Queridos filhos, quero que compreendam a importância de Minha vinda e a seriedade da situação. Desejo salvar todas as almas e oferecê-las a Deus. Por isso rezemos para que se realize completamente tudo aquilo que iniciei."
Que Nenhum Sofrimento Caia no Vazio
Penso que devemos ser mais conscientes e não deixar que nenhum sofrimento caia no vazio. Devemos desfrutá-lo oferecendo-o à Senhora e a Deus, porque depois chega também a recompensa e a graça. Se uma pessoa é sofredora, por exemplo, não vê, por exemplo, enquanto eu posso ver uma flor e alegrar-me com isso, ela pode somente tocá-la. Porém, se oferece isso, poderá encontrar no seu coração aquela mesma alegria que eu tenho enxergando-a. Ela nos convida continuamente a oferecer nosso sofrimento e nossa dor sem dizer "estou mal aqui, estou mal ali". Pelo contrário, devemos procurar oferecer com paciência e com amor e ter Jesus diante de nós. Uma vez, me disse que, se quando tenho um sofrimento, tivesse a coragem de pegar a cruz e olhá-la, me passaria logo. (Obs: O crucifixo que está na capela foi, com certeza, mandado pela Senhora. Não se sabe quem o doou. Chegou um camião, uma vez, uma sexta-feira, meio-dia, com aquele crucifixo, tão grande, banhado de sangue, e o correio não sabia quem era o doador. Apenas disse que vinha de Val Gardena. Chegou exactamente ao meio-dia, quando Jesus estava na cruz, no maior sofrimento. Nunca se soube quem mandou esse crucifixo tão impressionante, mas se compreendeu a importância da cruz em uma rádio que leva o nome de Nossa Senhora.) Sim, já vi a Senhora chorar. No segundo dia das aparições. Era 26 de Julho de 1981 e exactamente dez anos depois, 26 de Julho de 1991, estourava a guerra. Estávamos sobre o monte e eu fui para casa pela trilha mais ríspida e mais difícil, não aquela que se faz agora que é mais fácil, porque, tendo terminado a aparição e a oração, pensei em voltar para casa. A Senhora me apareceu e me pediu para dizer às pessoas para orarem porque somente com a oração e com o jejum se podem afastar as guerras e também para que as pessoas pedissem a conversão e o perdão. Foi a primeira mensagem da paz, mas também a primeira mensagem em que Ela chorou e onde era muito concreta. Chorava, realmente, caindo as lágrimas dos olhos e desciam sobre o vestido e caíam na nuvem. Aquela vez, eu, que era a mais fechada de todos, falei. Estava em estado de choque e devia transmitir essa mensagem o mais depressa possível para que a Senhora não chorasse mais... "Paz, paz, paz..." Depois, reconciliação entre o homem e Deus e dos homens entre si mesmos. Depois, sucessivamente disse para rezar primeiro pela paz no nosso coração, depois na família e, por fim, no mundo. E assim a Senhora começou a dar as primeiras mensagens, que depois se tornaram aquelas mais importantes, ou sejam, as mensagens da paz, da oração, do jejum, da confissão, da Santa Missa, da conversão, que é caminhar sobre a via da santidade.
Fonte: Mensagens da Rainha da Paz